terça-feira, 13 de dezembro de 2011

MORTE MINHA!

Quando eu morrer
Quero ser maquiada
Com alegria estampada
Boca vermelho carmim,
Lápis preto no olhar
E sombra cinza fumê.
Quero que me cubram com rosas vermelhas.
Rosas da paixão.
Do que tenha morrido meu coração
Para lembrarem que fui apaixonada
Por tudo em minha vida; e pela vida.
Não quero chôro de tristeza,
Só de emoção.
Por tudo de bom que eu tenha feito;
Se é que eu tenha feito.
Não quero chôro de falsidade,
Só de saudade
Pelas loucuras que eu fiz.
E aos meus inimigos,
Deixo na boca um sorriso
De que a morte não me fez derrotada
E sim a marca registrada
De uma mulher que pelos homens foi amada,
E pelas mulheres invejada.
Que dirão:  outra mulher nunca amarão!
E nem mesmo no caixão,
Igual a ela nunca serão!

(Valquíria Duarte)

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