quarta-feira, 17 de outubro de 2012

DELÍRIO




Caminho a passos perdidos
E me encontro com teu olhar
Minha alma de sonhos perdidos
De desejos vem a despertar
Teu olhar fixo e penetrante
Deixam-me despida
E o sangue que me ferve nas veias
Me deixam em ponto delirante.
Na mente um único desejo,
Quero-te em minha vida.
Apagando a minha chama,
Quero-te em minha cama.
Toco em tuas mãos
Penetro em teu olhar
Lês meu pensamento,
Os corpos paralisam em pensamentos.
Olho tua boca, desejo teu beijo.
E esse teu cheiro
Faz-me embriagar!
Fecho os olhos por um segundo,
E sinto o gosto do teu beijo quente.
Das tuas mãos nos meus cabelos
Do teu corpo colado em meu peito
Tua respiração aquecendo meu pescoço
Com beijos e sussurros desordenados
Em tremendo desvario.
Num calor infernal
De sentir as roupas sufocando
Desejando tirá-las para respirar.
Sinto os gestos de tuas mãos
Arrancando minhas roupas
E em cada gesto...Ah!
Toma-me! Porque já não consigo resistir!
Toma-me! Porque sou tua, toda tua!
Sacudidos ... Abro os olhos.
Teu olhar fixo e penetrante
Perguntam-me se estou bem.
Sim, sim. Estou bem.
Foi apenas um delírio.

(Valquíria Duarte)


quinta-feira, 28 de junho de 2012

RENDIÇÃO


Luto e reluto comigo mesmo
Entre o meu eu e o Teu querer
Esperando as respostas a esmo
Articulando o meu bem fazer.

Como é difícil render-me, Senhor
Quando sinto-me deveras capaz
E esperar pelo Teu bom favor
Na ansiedade da minha força audaz.

Ser sábia na calma das palavras Tuas
Ser forte no silêncio das aparências nuas
Exprimindo verdades intrépidas na mansidão

Por Ti, Senhor, me entrego a este combate
Mesmo que a réplica me enfade
Entrego a Ti todos anseios do meu coração.

(Valquíria Duarte)

SILENCIOSA ESPERANÇA

Por muitas vezes me sinto tão sozinha
Mesmo em meio a desvairada multidão
Porém sinto Tua mais forte presença
Dentro do meu angustiado coração.

Tu és meu tudo, Senhor da minha vida
Ouço Tua voz suave a me acalentar
E a Tua luz resplandescente ao fim do túnel
Pelo caminho obscuro a me guiar.

É o calor do Teu Espírito que me acalma
E Tua promessa que fortalece a minha alma
Para que ao desespero eu não venha me entregar

É o Teu amor que me diz: Não estás sozinha
Entrando no meu quarto, sussurrando a voz mansinha
Pra me dizer que minha vitória vai chegar.

                                                    (Valquíria Duarte)

quinta-feira, 7 de junho de 2012


 VICTOR


Vitória numa vida sem nexo
Incerteza de felicidade
Certeza de um recomeço
Ternura sem fim, intensidade
O mais puro amor no que vejo
Realização de um sonho, meu desejo!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

COMO TE AMO!

     
                     



                    Amo como  Amo
                    Amo    é     Amo
                   Amo  difícil  Amo
                   Amo  dizer   Amo
                   Amo   para   Amo
                   Amo   você   Amo
                   Amo    o       Amo
                   Amo  quanto Amo
                   Amo    eu      Amo
                   Amo     te     Amo
                   Amo   amo    Amo

domingo, 20 de maio de 2012

PRISCILA



Pedaço do meu ser, jóia do meu ventre
Riqueza da minha vida, glória do meu destino.
Inigualável beleza pra esse olhos meus
Servidão por toda vida, para mim e para os seus.
Caloroso amor, eterno cuidado como um cristal fino
Impressionante descoberta de um lindo mundo novo
Leve e suave inocência, pureza de alma, esperança
Amo-te meu ser, minha vida, minha criança!
Valquíria Duarte

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MEU SONHO



Caminhando por noite escura
Sonho com o dia de te encontrar
Pra por completo preencher a lacuna
Que no fundo do peito está a morar

Este sonho que me persegue
Não me deixa ser feliz.
Uma obsessão que me segue;
E minha lucidez por um triz.

Esse sonho tem um nome,
Muito lindo e angelical
Uma aparição que não some,
Concreta e sensual.

Seus olhos negros, sua pele alva,
Suas curvas definidas e alongadas;
Castigam a pureza da minha alma
No desejo de apalpá-las.

Sonho em te tocar, ao menos,
Com minha boca na tua boca.
Sem saber o que faremos
Nessa aventura muito louca.

Tua timidez me intimida;
Teu olhar me deixa cega;
Tua covardia me indigna
Mas tua beleza é que me pega!

Quando dizes que me queres,
É que falto enlouquecer.
Só espero que me pegues,
E isso nada de acontecer.

Se a tua alma é minha
E minha alma é tua,
A felicidade caminha
Para um leito, toda nua.

O meu sonho está presente
Como um homem bem real,
É o meu vizinho de frente
Que eu nunca vi coisa igual!

O que esperas que eu faça,
Pra nos entendermos enfim?
Aproveitando o tempo que passa,
Pra ter você só pra mim.

DIZ QUE AINDA ME AMAS!



Se encontraste alguém que amou teu corpo como eu amei
        Diz que não me amas
Se alguém beijou tua boca como eu beijei
       Diz que não me amas
Se te enlouqueceram como eu enlouqueci
       Diz que não me amas
Se deliraste em outro corpo como deliraste no meu
       Diz que não me amas
Se choraste por alguém como choraste por mim
       Diz que não me amas
Mas se nunca conseguiste nada do que eu disse
       Então, por favor, diz que ainda me amas.  (Valquíria Duarte)
                                 
                   
                                              

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

DESTINO


Destino?
O que é o destino?
Quem é o destino?
O que ele ganha ao mandar a gente fazer isso ou aquilo?
O que recebe ao nos colocar no caminho que ele quer?
Ao nos mandar ficar, viver eternamente, com a pessoa que ele escolher?
Em não querer nos dar aquilo que desejamos, que julgamos merecer?
Em nos julgar e condenar da maneira que ele julga ser correta?
Quem lhe paga?
Pra quem trabalha?
Por que faz isso conosco?
Por que faz isso comigo?
Por quê?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

INGRATIDÃO

Quantas dores pode suportar                                                         
Um pobre coração?
Quando para mim
A maior  é a ingratidão.
Amar é se dar, se doar
Se dedicar a alguém
Que nem sempre 
É capaz de reconhecer
Tamanhos sacrifícios
A intenção do que se quer fazer.                                                                  
Amar um homem, uma mulher
Um pai, um amigo, um irmão
Uma mãe, dentro da questão.
Amar um filho
É esquecer de si própria
Morrer para o mundo
Amor mais profundo.
Esquecer que é mulher
Esquecer que é um ser
Deixar de vestir
Deixar de comer
Muitas vezes deixar de viver,
Mas para quê?
Para ouvir palavras
Que penetram na alma
Dilacerando víceras
Sangrando e ardendo
Em dores tão insuportáveis
Que tiram as forças para gritar
Apertando o peito e a garganta
Num brado silenciado
Pela dor da ingratidão.
E para quê tudo isso?
Ter filho é padecer no paraíso
Como disse o poeta.
Terá sido disso sua morte então?
Ah, ingratidão!
Dor que me deixa desarmada
Porque meu amor é a única arma
A qual tenho para contra-atacar.
Criamos filhos para o mundo
Criamos filhos para a vida
Criamos filhos para amar.
Não são nossos filhos meus
São apenas filhos de Deus
E é o mundo, a vida, nosso Deus
Que vos farão ver
O que a falta de um amor
Será capaz de fazer.
Quantas dores pode suportar
Um pobre coração
Quando para vocês
A maior será, a solidão.   (Valquíria Duarte)