domingo, 1 de junho de 2014









HIPNOTISMO II

Olhe nos meus olhos!
Que distância há entre nós dois agora?
Não diga nada!
Feche os olhos e viaje no toque suave dos meus lábios!
Saboreie o encontro da minha língua com a tua.
Abraçando-se. Entrelaçando-se.
No doce sabor de um louco desejo.
O gesto firme da tua mão na minha nuca,
Quebra a delicadeza do momento.
E o sopro suave da minha respiração quente,
Começa a  aquecer nossos corpos.
O beijo embriagador
Acende a centelha do fogo abrasador.
E sinto tuas mãos percorrerem todo meu corpo.
Emaranhando meus cabelos, decifrando minha face;
Deslizando por minhas costas, meu colo, meu busto,
Segurando firme minha cintura.
Uma mão, a segurar minha nuca
A outra, a acariciar meu glúteo.
A caminhar por entre minhas coxas,
Subindo delicadamente no toque suave dos dedos às minhas entranhas.
Toque este que estala! sssss!
Despertando para a realidade!
(Valquíria Duarte)


Admirador cibernético

Ao caminhar pelas ruas
Sinto olhos a me observar
Desejos seguem meus passos
Suspiros falam ao respirar.

Olhos ousados me encaram
E os meus respondem, vem!
Corpo se aflige e quase fala
Te vejo, te sigo, te quero meu bem.

Meu andar acende a chama
Meus olhos dizem, me siga
A mente pensa na cama
O corpo ter ordena, fica.

Sorrio do desejo escondido
Preso nas grades da sociedade
Sorrio da covardia do homem
Que sempre esconde sua verdade

Homem que me deseja
Em segredo absoluto
Sofre a aflição do desejo
Como quem grita no luto.

Escondido em telefones, e-mails
E nas redes sociais
Deseja meu beijo, meu toque
Mas medra nos pontos fatais.

Se um dia a coragem me olhar
E eu disser não quero, desista.
Mas se eu disser não posso,
Com um beijo roubado,arrisca. (Valquiria Duarte)


segunda-feira, 5 de maio de 2014



OCULTO NOME

Amar na minha vida
Desperta o desejo infame
Raiz de todo pecado
Impecavelmente encaixado
As nossas almas.
Nunca esquecerei aquele beijo 
Oculto em nossas mentes.
QUERO VER!

Se depois de uma longa briga
Você disser que me esqueceu
Dá-me a chave do teu coração,
Para que eu possa abrir
Para que eu possa entrar
Para que eu possa ver
Se existe outra em meu lugar.

                          (Valquíria Duarte)
DIGA EU TE AMO PRA MIM!

Você tem tempo pra o mundo
Pra mim nem um segundo
Isso pra mim é o fim.
Diga “eu te amo” pra o mundo
Mas por favor, antes de tudo,

Diga “eu te amo “ pra mim!

                      (Valquíria Duarte)
BEIJO ROUBADO

Olhar para ti faz parar o tempo,
Fico extasiada ao som da tua voz.
Tua boca perfeita e teu sorriso alvo
Mata-me aos poucos no desejo atroz.

Meus olhos em tua boca
Tem magnetismo incontrolável.
Queima a carne em calores
No incontido desejo insaciável.

O mundo pára no foco da tua boca.
Olhar compenetrado, pensamento decisivo.
Comando torto atravessando a razão,
Em um ato puramente intempestivo.
                                                                                   
Atiro-me em teus braços impetuosa
Tocando meus lábios nos teus.
Sentindo o sabor da minha boca sedosa,
Teus lindos olhos se fecham nos meus.
                                                                         
O susto se entrega ao prazer
De um louco beijo alucinante.
Em um redemoinho de emoções.
Em uma energia enebriante.


 Mas braços expulsam essa emoção,
Como imãs quando se fazem expelir.
Olhos se negam a compreender,
O que a ousadia se faz sentir

 Mãos nos ombros a me afastar.
 Respirar ofegante, olhar atônito.
 Passos nervosos ao me abandonar,
 Deixam em minha boca um sorriso irônico.
                                                                    (Valquíria Duarte)








domingo, 6 de abril de 2014


QUISERA SER SOLTEIRA
QUISERA SER CASADA

Olhe que minha doença
era falta de paixão.
Ah, meu Deus me dê saúde,
pra enfrentar esse rojão!!
Que olhos são esses que me olham
com voracidade de um cão?
Faz parar tremer as pernas
que assim não aguento não!
Que braços me abraçam!
Que corpo prende o meu!
Dezoito anos que se abraçam,
nos trinta e oito que me deu.
Me acuda Deus menino,
Nesse ataque tão felino
que o fogo desse menino
é até maior que o meu!
Paixão louca desvairada
sexo ardente que afronta
Que me chamem de assanhada
Mas isso é bom demais da conta!
Maturidade e juventude
é leitinho dentro do mel
Quando estou com esse menino
vou do inferno até o céu.
Essa paixão que me enebria
É fogo em brasa que queima
Se deixa quieto esfria
Se encosta em sopro incendeia.
Quisera eu ser solteira
Pra o casamento ser constante
Quisera ser casada
pra você ser meu amante!
                                             Valquíria Duarte